terça-feira, 16 de março de 2010

Sobre amor e silêncio

Oi?


Preciso começar assim mesmo?

Pois bem, te esclareço desde logo que isso não é uma carta de amor ou de desculpas ou para tentar reconciliar algo irreconciliável; portanto, não guarde expectativas.

Na verdade, na verdade, acho que é muito mais uma reflexão a respeito de “tudo” que aconteceu entre “nós”. Sim, “tudo” e “nós” entre aspas mesmo, porque não sei bem ao certo se existiu alguma coisa de verdade, se existiu não chegou a ser tudo... e, além disso, não sei se vale dizer “nós”, já que nos tornamos eu-e-você juntos – tá, tudo bem que isso possa ser “nós”, mas o dicionário não entende nada além do simples “nós” (1 Designa a primeira pessoa do plural de ambos os gêneros e serve de sujeito ou regime de preposições. 2 Emprega-se pelo singular, quando alguém fala como órgão de uma coletividade, ou quando o escritor, por modéstia, quer tornar menos saliente a sua individualidade... entende?).

Para o começo te digo somente que é uma pena... finalzinho trágico dessa eu-e-você história! Bastante cinematográfica mesmo! Votemos a cena:

- o casal... não, o casal não, os dois, que não eram mais “nós”, tiram as malas do carro, tentam descarregar as bagagens da carroceria do carro, ele espera ajuda, ela o apressa, quer as malas dela primeiro, logo aquela mais ao fundo, retira seus pertences de dentro do carro, ele entrega as bagagens dela; com seus pertences nas mãos, ela o olha.

Ele: você vai ligar pra alguém vir te buscar?

Ela: (silêncio)

Ele: (interrogação)

Ela: (some indignada)

Ele: (pensa que ela foi embora)

Ela: (vai para o térreo e chora indignada)

Ele: (retira todas as outras bagagens e sobe para o apartamento)

Ela: (deixa as malas no térreo e sobe para o apartamento, ainda indignada)

Ele: (que já tinha jogado a toalha, congelou ao vê-la)

- ela pede o telefone e liga para a mãe que não pode ir buscá-la; ele se oferece para levá-la em casa, ela aceita. Eles descem depois de alguns minutos e entram no carro.

Ela: liga o som (ele liga e ela já aumenta o volume)

- silêncio. Eles param na porta da casa dela.

Ele: depois eu trago as outras coisas.

Ela: que coisas?

- ela desce do carro e a conversa continua enquanto ela tira as malas do banco traseiro.

Ele: os doces, vou separar também um pernil pra trazer pra vocês...

Ela: (interrompendo) meu casaco está dentro da sua mala...

Ele: (interrompendo também) eu deixo junto com as outras coisas... quer ajuda? (com as malas)

Ela: não.

- as portas do carro se fecham, ela atravessa a rua puxando a bagagem, ele acelera e vai embora.

Sabe, agora refletindo sobre tudo, acho que sempre houve entre eu-e-você um eterno silêncio, como aquele silêncio que sempre incomoda. Acho até que a gente se ama tanto que não nos suportamos com tanto amor.

Amor, amor, amor... esse sentimento tão nobre que sufoca, oprime mas encanta. Tudo mágico e encantador com jantares a luz de velas e vinho e amor... como duas crianças que se apaixonam pela primeira vez e como tudo que é bom, também agarrou, sugou e beijou como ninguém. Nós gritávamos de amor, e era visível nos nossos olhares sorridentes, tão carentes de amor, e tanto amor, e tanto amor que o mundo ficou minúsculo pra nós dois. Era sim, pequeno de mais para nós, os dois que eram um só. Chego a ter saudade disso.

Mas teve um momento... em que alguma coisa aconteceu e nos tirou da nossa órbita. E o que é que pode acontecer pra nos levar aonde chegamos hoje? Como se abala um amor inabalável? Ou não é amor, ou esse tal amor era muito frágil, ou não havia nada disso, de amor.

Nem tudo pelo caminho são rosas, nem toda rua tem pedrinhas de brilhante e não é todo amor que passa por ela. Lembra quando a gente falava que iria se amar pra sempre... quando seria isso? Fomos tão intensos e magníficos que não precisou dizer que terminou... o que pode significar que jamais terminaremos e que também jamais ficaremos juntos outra vez. Acho que o nosso “sempre” era isso... sempre um do outro sem deixarmos de ser eu-e-você mesmos.

É assim que acontece com os astros. Nascem com uma explosão, e vão se enchendo de luz. Aí chega uma hora que ele tá tão iluminado mas tão iluminado que explode – e daí não nasce mais nada, só poeira. Nossa última explosão foi o silêncio.

Eu senti, e você, sentiu também naquela hora que você desceu do carro? Realmente o silêncio falou mais que qualquer palavra. Por sinal, não acredito que exista uma que possa definir tudo ou o nada que passou – se é que passou. Mas se ainda é, é bem miudinho como essas letrinhas aqui, dançando no papel sem pensar.

Aí eu vou caminhando pela casa e começo a recolher tudo que me lembra você, tentando rasgar seu cheiro impregnado na parede do meu quarto, retirando suas roupas de perto das minhas e apagando as nossas fotografias para que nada de você fique no meu caminho... porque eu quero continuar amando e eu não posso deixar você me atrapalhar com essa presença ainda tão forte aqui.

E já que eu não pude te deixar nada de bom, te deixo aqui o meu melhor... as minhas palavras. Como você vivia dizendo que eu nunca te escrevi nada romântico, nem uma carta, nem um bilhete de amor, te deixo esta carta como prova de tudo ou nada que existiu entre eu-e-você; porque amor, quando é demais, não acaba, silencia – exatamente como esta carta.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Louco por você

Porque decidir viver assim?
Sem se entregar com toda força que se pode deixar?
Porque resistir tanto, se deixar apegar a todo esse prazer e melancolia que só a solidão pode oferecer?

Gostaria de te ver assim em minha memória,
assim no ar, correndo livremente deitada,
sem que minhas mãos pudessem te ver.

E assim, seria mais completamente intocável que a leve e tênue sensação de não morrer ao teu lado, para que tudo fosse tão perfeitamente planejado sem que o criador de tudo isso não me instigasse a ver um futuro melhor.
Ou que simplesmente decidíssemos viver toda essa energia, cósmica, brilhante que de tanto encanto não nos deixaria levantar desse desejo penetrante de um olhar.

Só um olhar.
E mais nada precisaria ser dito, nem pensado, e nem tocado.
Porque tenho você dentro de mim, ainda que por toda distância, ainda em meus pensamentos.
E como não querer morrer nessa adorável sensação?
Porque resistir trancado em si?
Liberto tudo que me prende!
Sou em suas curvas, em silêncio, esse arrepio, o medo que há antes de uma decisão;
sou quem você esperou durante toda existência e agora encontra conforto em cima de mim.
Porque somos o som do próprio romance, próprio, aguardando seus protagonistas;
somos aquele preço alto que muitos anseiam, e não tivemos que pagar absolutamente nada.

Eis que o próprio amor se apaixonou por essa combinação inusitada e invejada que nem se espera!
E até mesmo o próprio tempo confuso ficou;
nem entendeu como algo assim que transcende a sua própria dimensão se encontrou.

E não haverá quem ouse entender ou decifrar tamanho mistério;
até mesmo o desejo de que tudo aconteça é incerto e não crê em nada que esteja antes ou depois dele mesmo...

Pois somos a união de tudo que jamais existiu, porque atravessamos todos os mundos para sermos perfeitos aqui, e eternamente.





*maio/2009

Nem tão "Happy hour"

ôh sabadinho hein...

é...

rolou sim o happy hour q eu tinha cogitado...

foi meio assim: eu e primo, sentados na beira da calçada em um barzinho-super-transado-com-gatinhas-dando-mole-e-nós-nem-aí durante o fim da tarde atéeeee a noite. Sim... os dois brothers trocando idéias e desabafando monte de coisas sobre as "vississitudes" da vida.

pra completar... qnd a embriaguês estava por dar o "start" no sistema... chega uma tropa de amigas super legais q conheço a muito tempo e se junta a nós (inclusive a diginíssima as conhece muito bem)...

#a bem da verdade é q eu tava a fim d desopilar mesmo, fazer exatamente o q fiz, sendo q ligaria pra minha respectiva logo em seguida#

meu celu descarregado. uma dessas q está na mesa fala ao telefone com outra amiga q está junta da...!!!! isso mesmo! e diz... "qm tá aqui é o ex da cicrana!"... bom

imagina o rebuliço!

mal entendido dos infernos

eh... não fosse a nobreza de espírito dos q estavam comigo... o fedor da merda teria predominado... mas...

caraio... cheguei em casa as 6h, a pé, sem caranga, celu e carteira... andando pelas ruas da PV!!!


noite muito boa, ressaca fudida!

mas
enfim...
em paz!

agora é só me livrar desses parasitas q ainda estão impregnados por aqui... tô de volta ao mundo!

sábado, 13 de março de 2010

Sábado cheio

isso...

sexta a noite em casa dormindo as 23hs... imagina se esse sou eu, hein?!
pois é...

sabadão com prova da pós logo cedinho já emendada com suuuuuuuper reunião empresarial até as... tantas-da-tarde-pra-ir-direto-pra-o-happy-hour! (ainda tô escrevendo e não sei se vai rolar mesmo o happy hour)

enfim... tô morto... e com uma dor na bexiga ou nos rins - ñ sei se foi a birita de quinta que tava ruim ou se foi a falta de eliminação da bebida ruim! é, dormi bêbado sem fazer xixi...

caraio... tô pregado!

mas... esse "doidêra" é imprevisível, então, pra variar, não sei qual é a de hoje.

não estou pra muita filosofia ou sentimentalismo... pelo menos por enquanto.

tem FEMUSESC (0800) com qualidade musical e galerinha muito massa por lá, pessoal das antigas, de certeza...

asta!


pagando de gatão em São José do Ribamar - MA - jun/09

quinta-feira, 11 de março de 2010

Enganando

Estou aqui lendo pra passar o tempo e não te perseguir por aí em pensamento.
Inconscientemente aguardo você subir pelo elevador: 7º andar
arrombar esta porta e se jogar em cima de mim;
enquanto eu aqui me engano e finjo não sentir dor só em pensar quando domingo a noite chegar: colchão jogado na sala, travesseiros espalhados, filme no teto, pipoca e “refri” sem você aqui pra eu deitar e agarrar e te matar arrepiada de tanto beijar...
é, eu iria te beijar todinha, e eu sei que se for do jeito que eu estou aqui pensando você não teria como não gostar...





pretérito mais que perfeito, apesar de toda imperfeição =)

terça-feira, 2 de março de 2010

Moment

Assim ia ele desfalecendo de saudade e ódio...

Veja bem...

veja bem meu bem
sinto lhe informar
que arranjei alguém
pra me confortar
e esse alguém está
quando você sai
tive que arranjar alguém pra passar os dias ruins

e eu nunca vou te esquecer amor...
mas a solidão deixa o coração nesse leva e trás

amor, veja bem, arranjei alguém chamado saudade








los hermanos






tô fudido
"ô carai!"

segunda-feira, 1 de março de 2010

Coração leviano

Ah! coração maldito
que inventa de me derrubar
no meio de um dia sofrido

Queria que não fosse contigo
e, já te adianto,
para não fiques bravo comigo

Sofro de uma sofridão tranquila
mas que me agonia
como no dia marcado com a morte morrida

E tenho tanta raiva
porque bates aqui dentro de mim
que decido te abandonar nesta casa

Vou te desprezar

sem nenhuma dor declamar
vou deixar suas malas no meio da rua
pra você nunca mais voltar

Aí no meio desse hoje
vou te fritar e te regrar,
adicionar algo bem doce
e, quando você estiver no auge da animação,
vou te dar um tiro silencioso
daqueles bem dados
pra te chupar até a marca do gozo