sexta-feira, 18 de julho de 2008

Pro meu 'Docin'

"se tiver chorando
ligue pra mim!
vi?
e tome um beijin prá ti!
que é prá rimar com os rin
já que num tô perto de quem come capim
apois Eu é que num vô ficá burrin
mai quero só uma coisa desses peitin
que é tão lindin
que nem quando é bem de tardin
e a gente óia o vôo dos passarin
sem eles se queimá na frente do solzin
axo tão bunitin
sas duas coisin
que de tão grande quase bate ni mim
e esse bixin
que bate tão assim
tão perfeitin
mai parece o balançado duma frô de jasmim"


*pra minha pequena red dragon

sexta-feira, 11 de julho de 2008

ligando pontinhos

"[...] O amor é estranho, e esqueci de te avisar que é esse o nome que se dá para o que você está sentindo... Amor. Para o frio na barriga, a garganta seca, a timidez repentina que você sente quando ela chega, e para o vazio que fica quando ela sai. Ela sai e te leva por inteiro."

(Os opostos se atraem. (?) - 11.07.08)
http://sukuu.blogspot.com/

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Virgem de novo

sim!
sejam bem-vindos!
a uma realidade sarcástica
de brincadeira de pega-pega
onde todos correm sem parar

quando saio daqui
vem o palhaço tentar roubar meu lugar
mas, acho que não ouviu falar
que o lugar de gente que não morre
sempre irá ficar

e nem tente me espremer
porque, no auge do seu desespero
é que não tens como se conter
e aí...
nem me conheces mais
porque a criatura
virou criador
e o que tudo era
agora modificou
- a lembrança, é algo que foi
e imutável ficou, estática, no tempo
sem progresso ou evolução: uma dor
saborosa do que foi e não mais é;
porque tudo que é a mercê do tempo,
petrificar-se-á para quem não quiser andar -
agora, aqui, eu não estou mais
e de onde as lembranças me alcançam
já saí há tempos

criaturazinha vulgar
que encara num profundo olhar
destemido e segregado
filho de si
auto-parido
semente que brota sem regar
e se faz, por si só, no próprio ar

só me devo respeito
como algo que agora É
e Sou
e Serei
tão presente
quanto essa ausência que tu sentes

e respeito, e paz, e ternura
sigam sempre em frente
como vossos princípios
que voltam triunfantes do vale das sombras
renascidos, irreprimidos e fluorescentes
rasgados, cicatrizados e sujos
puros
perseverantes

nesse reencontro
sinto a terra molhada sob os pés

mesmo que tudo pareça igual
começo a sentir porque ainda sou diferente
independente de sol ou lua
quando fecho os olhos
e me banha a chuva novamente
lembro-me de quem sou:
vejo sorrisos contentes